terça-feira, 26 de abril de 2011

O Eterno retorno

O eterno retorno

Quero voltar ao tempo
Da singela alegria
Da inocência dos dias
Onde eu podia acordar
Acreditando na beleza da vida
E na realização de todos os sonhos
Nela contida
Eu não precisava correr contra o horário
Não me alimentava contando os segundos
Com medo do atraso.
Quero voltar ao tempo
Onde não precisava correr da chuva
Não usava luvas
Para apanhar a terra
Pois tudo, era uma festa...

Aline Kalçovik Antunes
http://www.youtube.com/watch?v=UXQAghkimEE&NR=1

domingo, 24 de abril de 2011

Se você ama

SE VOCÊ AMA...
Se você ama.
Não importa o que a pessoa faça ou deixe de fazer
Quando você ama simplesmente não o vê
Quando você ama o relógio do seu tempo é desligado
Você perde a noção do quanto já foi por ele cronometrado
O espaço físico também desaparece
Pois embora haja uma considerável distância
você não consegue esquecer quem ama
A esperança mesmo passando por forte privação
Não abandona a fé no sentimento do coração
Quando você ama
Não importa se o dia está ensolarado ou chuvoso
Se o humor está alegre ou tristonho
Pois o amor não sairá da sua vida por causa de algumas
adversidades
Se você ama ele continuará sendo verdade
Quando você ama pode até tentar fugir
Pode até tentar o amor substituir
Mas se você ama
Mesmo depois da fuga e substituição
O amor não sairá do seu coração.

Aline Kalçovik Antunes Lemos

poesia publicada no Guia de Autores Contemporâneos, Galeria Brasil 2009, Celeiro dos Escritores.

http://www.celeirodeescritores.org/GALERIA_BRASIL_2009_ebook.pdf

Entre sonho, vida e teorias

Entre sonho, vida e teorias....

Por mais que tente deslizar meus pensamentos
E pôr fim as minhas sombras de indecisão
Encontro-me mais confusa e perdida
Num labirinto de duvidas e sem saída

Meu sonho no id recebe um sim
Enquanto o ego milita falando que não
E o general do superego fica no meio da confusão
Tentando equilibrar e frear as loucuras que meu coração está sonhando

Ou será que devo partir a outra teoria
A comportamental behaviorista
Que analisaria que fui treinada a ter medo e a ter dúvida
A sociedade ao longo dos anos já me ensinou a ser racional e temer a loucura

Estou condicionada a uma vida equilibrada
Sem sensações demasiadas, sem desafios arriscados
Estou condicionada ao horário, ao relógio, a receita de bolo, a essa receitinha de vida..
E como robô programado eu não posso entrar na não-conformidade
Não posso apimentar com sonho e aventura essa receita que me impuseram

E teria que aceitar e engolir
Mas, desculpem os behavioristas eu não fui programada
Por essa sociedade capitalizada.

Só preciso do capital para comer o pão
Ele não corrompeu e não domina os sonhos do meu coração
E o freud que também me desculpe
O superego não irá impedir de sonhar e acreditar no realizar.
Por mais loucura que pareça o sonho de minha vida
Dissiparei minhas sombras de dúvidas que me deixam perdida
Por meu sonho serei guiada e nutrida.

Aline Kalçovik